domingo, 16 de outubro de 2011

Israel leva 430 presos palestinos para perto do local de troca

Sob forte esquema de segurança, Israel levou cerca de 430 prisioneiros palestinos até um presídio no deserto de Negev neste domingo (16), em uma preparação para que sejam trocados na terça-feira (18) pelo soldado israelense preso Gilad Shalit, disseram autoridades.
A troca de prisioneiros, que acontecerá perto da região do deserto egípcio do Sinai, deve pôr fim a uma saga que se tornou uma obsessão para os israelenses durante os cinco anos de cativeiro de Shalit.
Israel publicou uma lista de todos os 477 prisioneiros que deverão ser libertados junto com Shalit, na primeira fase de um acordo mediado por Egito e Alemanha, abrindo caminho para que aqueles que se opõem à sua libertação apresentem uma apelação legal em 48 horas.

Ariel Schalit/Associated Press
Prisioneiro palestino acena ao ser transferido para local onde será feita troca por israelense
Prisioneiro palestino acena ao ser transferido para local onde será feita troca por israelense

"A menos que a Suprema Corte intervenha, ou que alguém em Gaza enlouqueça, parece que o acordo será cumprido daqui a dois dias", disse à rádio do Exército, Yaakov Amidror, conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
Entre os que figuram na lista de soltura estão palestinos presos por ataques nos quais morreram dezenas de israelenses. Pelo menos cinco prisioneiros estão presos desde a adolescência.
Outros quarenta e sete palestinos previstos para serem libertados na terça-feira foram transferidos para uma prisão no centro de Israel.
Alguns dos 477 irão para casa, na Cisjordânia e na faixa de Gaza, enquanto outros serão exilados em outros países, que ainda não foram divulgados, sem parar em solo palestino.
Os líderes islâmicos do Hamas, que governam a faixa de Gaza, prepararam uma recepção de heróis para 295 dos prisioneiros que deverão ser enviados para o território. Trabalhadores montaram um palco aberto e as ruas foram decoradas com bandeiras palestinas e do Hamas.
"Estou tão feliz que não sei o que farei, como vou segurá-lo? Já se passaram 20 anos", disse a mãe de Baseem al-Kurd, um membro do Hamas, que foi condenado em 1992 a oito penas de prisão perpétua por ataques que mataram israelenses.
Trabalhadores prepararam um apartamento para Kurd em Gaza, pintando as paredes e consertando as portas.
O soldado israelense Shalit, tripulante de um tanque, capturado em 2006 por militantes que cavaram um túnel até Israel a partir de Gaza e o renderam, levando-o para o enclave, deve ser entregue no deserto do Sinai, no Egito, e levado para Israel.
Israel disse que cerca de 300 dos 1.027 que serão libertados nas duas fases do acordo estiveram envolvidos em crimes violentos. A segunda fase prevê a libertação de 550 prisioneiros.
Ao todo, existem cerca de 6.000 palestinos em prisões israelenses.

16/10/2011 - 17h53 / DA REUTERS, EM JERUSALÉM

Link:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/991576-israel-leva-430-presos-palestinos-para-perto-do-local-de-troca.shtml

domingo, 18 de setembro de 2011

SEMANA "PALESTINA E O MUNDO"

A Frente Palestina USP realizará uma série de eventos na semana em que a Assembléia das Nações Unidas estará debatendo e votando sobre o Estado palestino. Haverá duas mesas de debate sobre a votação, questões relativas à criação de um ou dois estados na região, e as implicações da Primavera Árabe no tema.
Além disso,  realizaremos, juntamente a organizações sindicais, movimentos palestinos e de direitos humanos, MST, ativistas e intelectuais, um ato de lançamento da campanha BDS (Boicotes, desivestimentos e sanções ao Estado de Israel). A campanha, cujas inspirações advêm da mobilização da comunidade internacional na luta contra apartheid sul-africano, visa combater e dar visibilidade às violações aos Direitos Humanos e ao Direito Internacional perpetradas pelo Estado israelense, o qual vem constituindo um regime de segregação, injustiça e violência.

Semana "Palestina e o Mundo"


20 de setembro, terça-feira, às 18h30
Sala dos Estudantes - Faculdade de Direito, USP (Largo São Francisco)
Ato de Lançamento da Campanha BDS a Israel no Brasil

22 de setembro, quinta-feira, às 18h00
Auditório da História - FFLCH, USP (Cidade Universitária)
Debate: A votação do Estado palestino na ONU - parte II
Com:
- Arlene Clemesha (Letras Orientais- USP)
- Leonel Itaussu (Ciências Políticas - USP)
- Salem Nasser (Direito - FGV)
- Valério Arcary (IFE- SP)

sábado, 20 de agosto de 2011

Visita de Abdallah Abu Rahmah

No dia 12 de novembro de 2011 teremos a honra de receber a visita de um dos líderes da Resistência Palestina e defensor de diretos humanos, sr. Abdallah Abu Rahmah para várias palestras no Brasil, entre elas, duas em Mogi das Cruzes. Uma na Mesquita de Mogi das Cruzes, às 14 horas, outra na sub-sede da APEOESP de Mogi das Cruzes, às 18 horas.

Mensagem de Abdallah Abu Rahmah para os brasileiros

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Visite também os sites:

Stop the Wall
BDS
Boicote Israel

Acompanhe mais notícias no facebook:
Frente Palestina USP

Brasileira convoca protesto contra Israel

Iara Lee integra Flotilha da Liberdade, que tenta romper cerco naval à faixa de Gaza; em 2010, diretora foi deportada em ação
Está prevista para daqui a 15 dias a partida de mais de dez barcos; meta é reunir ativistas de mais de cem países
MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM
Um ano após tentar romper o cerco naval à faixa de Gaza e ser deportada de Israel com centenas de outros ativistas, a cineasta brasileira Iara Lee vai repetir a dose.
Mais de dez barcos devem participar da Flotilha da Liberdade, que partirá daqui a duas semanas em direção a Gaza. Lee tenta atrair outros brasileiros para participar.
"É um movimento de solidariedade global, e a meta é que cem países estejam representados", disse ela à Folha, por telefone. "Há 20 vagas reservadas para a América Latina, e eu gostaria que tivéssemos mais brasileiros".
O novo comboio marca o aniversário dos incidentes de 31 de maio de 2010, quando soldados israelenses mataram nove ativistas ao interceptar uma flotilha com ajuda humanitária que tentava furar o bloqueio a Gaza.
A sangrenta operação militar, que gerou uma onda de condenação a Israel e chamou a atenção mundial para o cerco a Gaza, até hoje é motivo de controvérsia.
Israel afirma que seus soldados reagiram ao serem atacados, o que é negado pelos ativistas. Há dois dias, um jornal israelense publicou fotos de homens portando armas de fogo no Mavi Marmara, o navio onde ocorreram os confrontos. Iara, que estava no navio, nega.
"É mentira. O que eles acharam, facas de cozinha? Como alguém pode acreditar que estávamos armados?"
Assim como no ano passado, a nova operação será capitaneada pelo IHH, organização humanitária turca com fortes vínculos com o grupo islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza.
Para evitar problemas, diz Iara, os participantes assinarão um pacto de não violência. O alerta de Israel de que não permitirá a passagem da frota e os apelos da ONU e da Turquia para que os organizadores repensem a ação não intimidaram os ativistas.
Israel vê a nova flotilha como pura provocação, já que a ajuda humanitária poderia ser entregue por sua fronteira ou pela passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, reaberta recentemente.
Iara Lee admite que o principal objetivo não é levar suprimentos, mas chamar a atenção para o bloqueio.

Fonte: Folha de São Paulo 09/06/2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

Convite

ARTE, REVOLUÇÃO E RESISTÊNCIA NO MUNDO ÁRABE
Dia 12, quinta-feira - no Auditório do FEA-5, às 17h

Paulo Farah (Departamento de Línguas Orientais DLO-USP e BibliASPA)
Sérgio Chuí (Letras Árabe - USP e membro da Frente Palestina USP)
Demétrio Portugal (Curador da exposição "Egito em Obras: Expressões da Revolução")

FEA -  Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 Cidade Universitária

Os últimos dos excluídos: os refugiados palestinos

Arlene Clemesha


O problema dos refugiados palestinos, cuja natureza é eminentemente política, deteriorou-se em uma das mais agudas tragédias humanas do mundo contemporâneo. Sua origem remete à partilha do país pela ONU em 1947 e a subseqüente expulsão de aproximadamente 800.000 árabes palestinos do território palestino onde foi criado o Estado de Israel. Mas não parou por aí. Em 1967, 240.000 palestinos se viram forçados a deixar suas casas na Margem Ocidental e Faixa de Gaza, ocupadas por Israel na Guerra de Junho desse ano. Nesse momento, alguns se tornaram refugiados pela segunda vez e passaram a ser denominados, junto com seus descendentes, de “deslocados de 1967”.
O reconhecimento internacional de que uma injustiça fora cometida contra o povo palestino veio logo em 11 de dezembro de 1948, data em que a Assembléia Geral da ONU aprovou a resolução 194 determinando o direito de retorno dos palestinos e a restituição das propriedades perdidas no momento de sua fuga. Desde então, a resolução ONU/AG 194 foi reiterada pelo menos 130 vezes. Em 1974, a resolução ONU/AG 3236 estabeleceria os direitos inalienáveis do povo palestino, incluindo o direito à auto-determinação nacional sem interferência externa, e, no parágrafo 2, “o direito inalienável dos palestinos retornarem a suas casas e propriedades de onde foram desenraizados e deslocados”. De fato, na lei internacional chega a ser irrelevante a questão de como ou porque os palestinos deixaram suas terras para se tornarem refugiados. O que importa nesse caso é que “todos têm o direito de deixar qualquer país, incluindo o seu próprio, e retornar ao seu país” (Artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948). Em suma, o direito de retorno não é privilégio, com o qual se poderia negociar, ou cuja implementação pudesse significar uma concessão por uma das partes.

Palestina, 1948-2008 - 60 Anos de Desenraizamento e Desapropriação

O êxodo de aproximadamente 800.000 árabes da Palestina de 1947 a 1949 foi o principal fato constitutivo da sua história moderna, mas recebeu diferentes versões ao longo dos últimos sessenta anos. Este estudo se concentra nas revelações mais recentes da historiografia, oriundas de pesquisas em história oral e a abertura de arquivos israelenses. Analisa o problema da restituição da propriedade palestina confiscada pelo nascente Estado de Israel. Indica, finalmente, a importância do reconhecimento da expulsão do povo palestino e a realização de seus direitos humanos, para qualquer processo interno de reconciliação. O texto foi originalmente publicado em farsi por ocasião do Festival Internacional de Cinema Documentário do Irã.

Link: http://www.4shared.com/document/e4mxLk3H/Palestina_48-08_Arlene_Clemesh.html

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Europa planeja reconhecer Estado palestino, diz embaixador francês

A França e os demais países europeus pretendem reconhecer formalmente um Estado palestino como medida para impulsionar o processo de paz no Oriente Médio, afirmou nesta quinta-feira em um debate no Conselho de Segurança das Nações Unidas o embaixador francês perante o órgão, Gérard Araud.
"O reconhecimento do Estado da Palestina é uma das opções que a França avalia com seus aliados europeus como forma de criar um horizonte político a fim de reapresentar o processo de paz", disse Araud.
A pressão internacional existente para que israelenses e palestinos voltem à mesa de negociações era evidente na reunião do órgão da ONU.
Araud, que destacou o compromisso da França com a segurança de Israel, explicou que, se o seu país e as demais nações europeias tomarem essa decisão, esse passo "deve favorecer a retomada das negociações com base em parâmetros internacionais bem conhecidos".
Enquanto o embaixador discursava no Conselho de Segurança, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, manifestou em Paris seu apoio às iniciativas do presidente palestino, Mahmoud Abbas, para acabar com a divisão atual entre a faixa de Gaza e a Cisjordânia e, além disso, à formação de um governo de tecnocratas que prepare as eleições gerais.
Na reunião desta quinta, o subsecretário da ONU para Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, fez o mesmo pedido à comunidade internacional e a convidou a apoiar Abbas e o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, para que retomem as negociações com uma voz única palestina.
O diplomata americano pediu apoio ativo para superar "o ponto morto em que estão as conversas de paz" desde setembro de 2010. Pascoe alertou que a situação na zona é complicada devido aos numerosos incidentes violentos no último mês --ataques de milícias palestinas contra Israel em Gaza e a retaliação israelense.
Pascoe ressaltou que a comunidade internacional deve ajudar as partes a avançar no processo, e afirmou que a ONU continuará trabalhando dentro do Quarteto para o Oriente Médio --formado por Estados Unidos, União Européia (UE), ONU e Rússia-- para organizar uma reunião o mais rápido possível.
A necessidade de que as negociações sejam retomadas marcou a maior parte dos discursos pronunciados em um debate no qual participaram mais de 40 delegações, alguns com pedidos para que os EUA recuperem a liderança nos esforços para avançar no processo.
ISRAEL
O embaixador de Israel perante a ONU, Meron Reuben, reiterou que "a paz só é possível através de negociações diretas e não pode ser imposta de fora".
"Qualquer acordo de paz deve ser construído com base nos princípios básicos de mútuo reconhecimento e segurança", afirmou Reuben, que justificou as últimas atuações militares de seu país como atos de legítima defesa, e pediu ao Conselho de Segurança que ofereça "soluções (ao conflito), e não resoluções".
Já a embaixadora dos EUA perante a ONU, Susan Rice, ressaltou que "as negociações entre as partes continuam sendo o único caminho para resolver todos os problemas e estabelecer um Estado palestino soberano ao lado de um Israel seguro".
Susan pediu aos responsáveis da ANP que continuem trabalhando para que "as conversas de paz possam avançar e resultem na criação de um Estado palestino".
O representante palestino perante a ONU, Riad Mansur, pediu em discurso que, para avançar no processo, seja promovida "uma forte liderança dos membros do Quarteto, inclusive os EUA, levando em conta o papel que exerceram no processo de paz".

Link: http://folha.com/mu905864

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Liga Árabe pedirá a ONU zona de exclusão aérea em Gaza

A Liga Árabe decidiu neste domingo pedir ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) a imposição de uma zona de exclusão aérea "contra a força aérea israelense para proteger os civis da Faixa de Gaza".
Em comunicado, a organização pan-árabe acordou a medida após uma reunião urgente de seus embaixadores permanentes no Cairo para analisar a escalada de tensão na faixa palestina.
Na reunião, os representantes decidiram encarregar ao grupo árabe na ONU de solicitar uma reunião urgente do Conselho de Segurança "para estudar a agressão israelense contra Gaza e o levantamento do cerco por parte de Israel para impor uma zona de exclusão aérea contra a aviação israelense para proteger aos civis".
A nota acrescenta que a Liga Árabe decidiu pedir "à ONU, ao Conselho de Segurança e ao Quarteto [para o Oriente Médio] que assumam as responsabilidades para deter a constante agressão israelense e os massacres, e garantam proteção internacional ao povo palestino em Gaza".
Os embaixadores permanentes pedem "a adoção das medidas necessárias" para interromper as agressões de Israel e reiteraram "a necessidade de levantar o cerco sobre Gaza e de abrir as passagens na fronteira".
Expressaram ainda a satisfação com a iniciativa do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, para colocar fim às divisões entre os palestinos e alcançar uma reconciliação nacional.
Na última quinta-feira, o disparo de um foguete a partir de Gaza contra um ônibus escolar israelense, onde ficaram feridos uma criança e o motorista, gerou a pior ofensiva de Israel na faixa nos dois últimos anos.
Além de causar quase 20 mortos, os bombardeios deixaram meia centena de feridos na faixa, onde não se registrava uma onda de violência tão grave desde a operação "Chumbo Fundido", que ocorreu entre o fim de 2008 e o início de 2009 e matou 1.400 palestinos e 13 israelenses.
Após o recrudescimento da violência, as milícias palestinas em Gaza acordaram neste domingo de acordo para respeitar um cessar-fogo com Israel, como revelaram fontes do movimento islamita Hamas, que controla a faixa.
Por sua vez, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, declarou neste domingo que Israel estava disposto a um cessar-fogo com as milícias palestinas de Gaza.

Link: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/900760-liga-arabe-pedira-a-onu-zona-de-exclusao-aerea-em-gaza.shtml

sábado, 9 de abril de 2011

Israel prohíbe por ley a los palestinos conmemorar la Nakba

El Parlamento israelí (Kneset) ha aprobado una ley que penaliza la celebración de la "Nakba" (Catástrofe, en árabe), con que los palestinos conmemoran el exilio y la desposesión que sufrieron tras la creación del Estado judío en 1948.

2011-04-01 10:37:34 / Fuente: Agencia EFE

La Cámara israelí dio esta madrugada su visto bueno, con 37 votos a favor y 25 en contra, a la controvertida "Ley de la Nakba", que determina que se multará a las autoridades locales y cuerpos con financiación pública que organicen eventos para conmemorar esa fecha, informó hoy el servicio de noticias israelí "Ynet".

La nueva legislación, propuesta por el partido de extrema derecha "Israel Nuestro Hogar", también impone penas a los organismos que apoyen la resistencia armada o el racismo contra Israel, o que profanen la bandera o los símbolos nacionales.

Los palestinos conmemoran la "Nakba" el 15 de mayo (fecha de la creación del estado judío) en los territorios ocupados y en las zonas de Israel con mayoría de población árabe con manifestaciones y actos que recuerdan el exilio forzoso de su pueblo y la pérdida de sus hogares y tierras.

Parlamentarios laboristas y de los partidos de izquierdas han criticado la ley al consideran que es antidemocrática y restringe la libertad de pensamiento y de expresión de la población árabe, que supone un veinte por ciento de los ciudadanos israelíes.

La Kneset también aprobó esta madrugada, con 35 votos a favor y 20 en contra, otra polémica ley, que permitirá a pequeñas pueblos y comunidades rechazar a residentes que deseen vivir en ellas por motivos culturales o raciales.

Las comunidades de menos de 400 familias del Negev y la Galilea (sur y norte del país, respectivamente) podrán tener "comités de aceptación" que nieguen el permiso a instalarse en ellas a las personas que, a su entender, no encajen con el tejido social y cultural de la comunidad.

Entre los motivos que pueden justificar el rechazo están el que no pretendan establecerse permanentemente en la comunidad, que no tengan medios económicos suficientes o que no encajen en la forma de vida por motivos sociales o culturales.

Este tipo de comités existen desde hace décadas en comunidades rurales y poblados religiosos de Israel, pero la nueva ley lo que hace es formalizarlos y facultarlos legalmente.

Los diputados de izquierdas y árabes creen que esta norma se utilizará para impedir a los ciudadanos árabes residir en esas zonas.

La Asociación de Derechos Civiles de Israel ya ha anunciado que apelará la nueva norma ante el Tribunal Supremo, al considerar que "establece un mecanismo de segregación étnica entre los ciudadanos israelíes judíos y árabes", algo que consideran inconstitucional, informó el diario "Jerusalem Post" en su versión digital.

http://www.palestinalibre.org/articulo.php?a=30881

terça-feira, 5 de abril de 2011

Atenda ao chamado: participe do BDS e boicote Israel!


Seja solidário e participe da campanha internacional
 
 
O que é a campanha de Boicotes, Desinvesti­mentos e Sanções (BDS) contra Israel?
O Estado de Israel ocupa ilegalmente o território pales­tino e discrimina toda a população palestina seja ela muçul­mana, cristã ou não religiosa. O BDS é a principal campanha internacional de solidariedade a esse povo e contra qualquer forma de discriminação, seja islamofóbica, antissemita ou outra. A proposta é que governos e sociedade civil promo­vam embargos e sanções contra o Estado de Israel até que se reconheçam os direitos do povo palestino. Assim, suas metas são:


 
a) o fim imediato da ocupação militar e colonização de terras árabes e a derrubada do muro do apartheid, que vem sendo construído na Cisjordânia desde 2002, dividindo terras, fa­mílias e impedindo os palestinos do direito elementar de ir e vir;
b) direitos civis iguais para todos os atuais habitantes de todo o território histórico da Palestina, sejam palestinos ou judeus;
c) o respeito ao direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras e propriedades, das quais vêm sendo expulsos desde 1948, quando foi criado o Estado de Israel, até os dias atuais.

Como surgiu a campanha de BDS?
A campanha de BDS surgiu a partir de um chamado global da sociedade civil palestina realizado em 9 de julho de 2005 para que em todo o mundo se implementassem iniciativas de boicotes a produtos que financiam o apartheid promovido por
 
Historicamente, houve outras campanhas como essa?
boicote foi decisivo para pôr fim ao regime racista sul-africano.
Sim. A mais conhecida e bem-sucedida foi o boicote ao regime de apartheid na África do Sul nos anos 1980 e 1990. O
 
Quem já aderiu?
O chamado global já conta com a adesão de centenas de organizações e indivíduos ao redor do mundo. Entre as personalidades que já se pronunciaram a favor de boicotes a produtos e serviços de Israel, o cantor Roger Waters, do Pink Floyd, o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, os intelectuais Noam Chomski e Norman Finkelstein, além de Naomi Klein e vários outros nomes de destaque. Sobretudo na Europa, a campanha ganhou força e hoje cidadãos comuns recusam-se a adquirir produtos de Israel nas prateleiras do mercado. No Brasil, organizações sociais, populares e sindicais começam a impulsionar a iniciativa e têm buscado esclarecer e conscientizar os cidadãos e cidadãs acerca do chamado por BDS como parte da luta por justiça, humanidade e direitos humanos aos palestinos.
 
Saiba mais:

Aproximação militar do Brasil com Israel

Caros

Novamente, a feira da morte ronda o Rio de Janeiro,  desta vez com o apoio explícito do Governo estadual e municipal. A novidade deste ano é a grave denuncia do Comitê Palestino de Boicote, Desinvestimento e Sanções sobre o escandaloso acordo militar entre o Brasil e Israel e a preparação militar contra nossa população para os eventos da Copa e das Olimpíadas.

Essa aproximação militar com Israel atinge a declarada "política internacional pelos direitos humanos" e nos torna cumplices indiretos dos crimes praticados contra o povo palestino e árabe.

" O brasil como signitário do instrumento mais relevante do Direito Internacional, tem a obrigação do não-reconhecimento e não-assistência à violações do Direito Internacional."

O Governo brasileiro assinou contratos no valor de centenas de milhares de dólares com a indústria de armamento de Israel. E abriu seu mercado interno às empresas israelenses que participam dos crimes contra a humanidade e de guerra cometidos contra a população civil, na Palestina. Algumas dessas empresas israelenses, citadas no relatório,  compraram parte de empresas nacionais brasileiras e para que possam, livremente e de acordo com nossa legislação, participar de licitações do Estado brasileiro. Em outras palavras, o dinheiro público dos brasileiros estão sendo usados para alimentar a indústria do terrorismo de Estado a cometer seus crimes de guerra. Essas empresas sionistas farão a festa na área de segurança dos eventos que o Rio de Janeiro hospedará, com a benção da Dilma, do Cabral e do Paes.

"O facto que Israel continue a exercer, há já várias décadas, a brutal e ilegal ocupação de Gaza, recusando os direitos dos refugiados palestinos, aumentando descaradamente as políticas de apartheid, e rejeitando toda e qualquer tentativa internacional de atingir um justo acordo de paz com Palestinos e Árabes, não deteve o Brasil de se tornar um dos mais significativos importadores mundiais de armas israelitas." Denuncia o Comitê.

O relatório completo sobre a denúncia poderá  ser encontrado em:

http://stopthewall.org/enginefileuploads/content/rela__es_militares_entre_brasil_e_israel.pdf

 http://www.laadexpo.com/index.php  :
"A LAAD – Defence & Security – a maior e mais importante feira de defesa e segurança da América Latina, reúne bienalmente empresas brasileiras e internacionais especializadas no fornecimento de equipamentos e serviços para as três Forças Armadas, polícias, forças especiais, serviços de segurança, consultores e agências governamentais.
A LAAD chega à sua 8º edição confirmando sua vocação de ser um importante fórum de debates e de apresentação do estado da arte em tecnologia de defesa e segurança."

quarta-feira, 30 de março de 2011

ONGs palestinas criticam cooperação militar Brasil-Israel

A ONG palestina Stop the Wall e a campanha civil internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel (BDS) pediram nesta quarta-feira ao Brasil que suspenda a ampla cooperação militar de suas empresas com o Estado judaico. Segundo um estudo divulgado por essas organizações, o Brasil é o quinto maior importador de armas israelenses, com intercâmbio comercial entre ambos em matéria de defesa que chega a US$ 1 bilhão, e "viola as obrigações legais e os interesses políticos do Brasil".
"O Brasil tem a obrigação de não reconhecer nem apoiar as violações do direito internacional", diz o relatório. O texto destaca que a estreita colaboração com Israel "viola as obrigações internacionais" do Brasil porque beneficia empresas armamentistas que "colaboram na ocupação ilegal dos territórios palestinos e fornecem armas que são usadas em assassinatos".
As ONGs denunciam a assinatura de um acordo de cooperação em matéria de segurança entre os dois países em novembro de 2010 e o estabelecimento de um escritório das Forças Armadas do Brasil em Tel Aviv em 2003, bem como a mediação de autoridades brasileiras em contatos entre empresas israelenses e Exércitos de outros países latino-americanos. Entre as empresas israelenses que têm negócios no ramo armamentista com Brasília, as ONGs mencionam Elbit Systems, Israelense Aircraft Industries e Israeli Military Industries.
Sem a exportação de armas, que representa 70% do negócio da indústria armamentista israelense, "Israel não seria capaz de manter a ocupação ou realizar guerras como a do Líbano em 2006 e de Gaza em 2008/9, ambas duramente condenadas pelo Brasil", diz o documento. As ONG também entendem que a colaboração com a indústria militar israelense "contradiz o apoio do Governo brasileiro à criação de um Estado palestino nas fronteiras de 1967".
Por esses motivos, o comitê nacional do BDS nos territórios palestinos pede ao Governo de Brasília para "não ratificar e cancelar o acordo de cooperação (militar) com Israel, fechar o escritório das Forças Armadas brasileiras em Israel e modificar as regulações de fornecimento do Exército para excluir dos contratos às empresas que violam a legislação internacional". Elas também pedem que as empresas que violam a legislação internacional sejam proibidas de se estabelecerem no país e que essas companhias "sejam excluídas dos contratos para a organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas".

Link: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5036569-EI308,00-ONGs+palestinas+criticam+cooperacao+militar+BrasilIsrael.html

segunda-feira, 28 de março de 2011

Aula de História da Palestina no Jornal Hoje

O quadro é exclusivo para o site do Jornal Hoje e aprofunda questões complexas do cenário internacional, como os conflitos no Oriente Médio, terrorismo e crises econômicas.
O primeiro tema, a crise na Palestina, é apresentado por Arlene Clemesha, professora de História Árabe e diretora do Centro de Estudos Árabes da Universidade de São Paulo (USP).

Assista e comente!

http://g1.globo.com/jornal-hoje/professorJH.html

As Revoluções nos Países Árabes no Século 21

Caras e Caros,

É com grande satisfação que o Centro Acadêmico Guimarães Rosa (IRI-USP) e o Centro de Estudos Árabes (CEAr - DLO/USP) reiteram o convite para o evento As Revoluções nos Países Árabes no século 21, nesta quarta-feira, 30 de março, às 18h. (O cartaz do evento segue em anexo.)

É com maior satisfação ainda que convidamos todas e todos a participarem de um encontro anterior ao evento, com um grupo de refugiados palestinos, às 17h. Com o apoio da Associação da Defensoria Pública da União e do Defensor Público Gustavo Reis, o Centro Acadêmico Guimarães Rosa providenciou a vinda de cerca de 15 refugiados palestinos, dentre os 32 que vivem atualmente em Mogi das Cruzes, para a USP.

O grupo de refugiados em Mogi era composto por 56 pessoas em 2003, mas devido às diversas dificuldades de integração na comunidade e no mercado de trabalho foi se dispersando. Cabe ressaltar que a maior parte dos refugiados não recebe o apoio previsto pelo Estado, nem mesmo pela ONU e, para além das barreiras culturais e lingüísticas, o desconhecimento dos direitos e o não acesso aos mesmos constituem ilícitos nacionais e internacionais.
Com a premissa de que o conhecimento universitário não tem sentido se restrito à Universidade e desconexo à realidade e à sociedade; bem como com o anseio de possibilitar a este grupo de pessoas que possam ser sujeitos conhecedores e portadores de direito; é que os convidamos a vir à USP para participar do evento. Não podemos discutir o Mundo Árabe em uma sala de aula enquanto este "mundo" está a poucos quilômetros de distância e tampouco se pode ignorar as implicações morais e jurídicas da questão.

Esperamos que este encontro constitua um primeiro passo para a promoção de ações da Defensoria Pública com estas pessoas, e acreditamos que a parceria dos estudantes da Universidade de São Paulo com este importante órgão governamental pode ser extremamente relevante e transformadora para a sociedade. Com o anseio de que este seja mais uma iniciativa rumo ao direito constitucional de acesso à justiça, inclusive àqueles que se encontram na situação de refugiados ou imigrantes em nosso país, é que convidamos a todas e todos para este encontro.

O encontro acontecerá no Centro Acadêmico de Filosofia, no Espaço Verde do Prédio de Ciências Sociais (FFLCH-USP), às 17h. Contamos com a gentileza de que aquelas e aqueles que julgarem pertinente, encaminhem este e-mail aos núcleos especiais da Defensoria, grupos de emails e demais pessoas potencialmente interessadas.

sábado, 26 de março de 2011

Parlamento de Israel proíbe demonstrações de luto por fundação do Estado

O Parlamento de Israel aprovou na noite desta terça feira a chamada "Lei da Nakba", que determina que instituições financiadas pelo Estado paguem multas se celebrarem o dia 15 de maio - data da fundação de Israel - com demonstrações de luto pelas consequencias sofridas pelos palestinos.
De acordo com a nova lei, órgãos que recebem verbas publicas "estarão proibidos de financiar qualquer atividade que possa vir a abalar os fundamentos do Estado e contradizer seus valores".
Cidadãos árabes de Israel costumam marcar o dia da fundação de Israel como Dia da Nakba (catástrofe, em árabe) com protestos, vários deles organizados por prefeituras das diversas aldeias e cidades árabes.
O projeto de lei foi uma iniciativa do partido Israel Beitenu, do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman.
Lieberman afirmou que a lei "devolve a sanidade a Israel, pois nenhum país aceitaria que um órgão financiado por verbas públicas hasteasse uma bandeira negra no dia de sua Independência".
A aprovação da lei, entretanto, foi alvo de algumas críticas. O jornal israelense Haaretz, por exemplo, afirmou em editorial que a lei é "propositalmente vaga" e poderia afetar a realização de seminários acadêmicos e pesquisas históricas que analisem os vários aspectos da Guerra da Independência e os incidentes que a antecederam.
"De fato, esta é uma lei para limitar a liberdade de expressão", afirma o editorial.
Outra lei, também aprovada pelo Parlamento na terça feira, é a "Lei das Comissões de Admissão", que permite a povoados rejeitar membros que possam "afetar a coesão interna". A lei, também de autoria do partido Israel Beitenu, atingirá principalmente cidadãos árabes que quiserem ser admitidos em povoados predominantemente habitados por cidadãos judeus.
A Associação Israelense de Direitos Civis entrou, nesta quarta feira, com um recurso no Supremo Tribunal de Justiça exigindo que a Corte cancele imediatamente a nova lei.
De acordo com a ONG, a lei fornece uma "licença para a discriminação".
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/03/110323_naqba_ji.shtml

Após confrontos, Hamas propõe cessar-fogo com Israel

Líderes do grupo islâmico Hamas anunciaram neste sábado um acordo com outras facções palestinas na faixa de Gaza para um cessar-fogo com Israel com condição de que o governo do país interrompa os ataques no território.
Na semana passada, ataques israelenses mataram pelo menos 10 palestinos, incluindo várias crianças e civis.
Desde o último sábado, militantes em Gaza dispararam mais de 80 foguetes e morteiros em direção ao sul de Israel.
O Hamas e grupos como o Jihad Islâmica afirmaram por meio de um comunicado estarem dispostos a impedir que mais foguetes sejam disparados, se Israel não prosseguir com os ataques.
O correspondente da BBC em Gaza Jon Donnison diz que, no passado, o Hamas não conseguiu impedir a ação de outros grupos militantes do território e sua autoridade deve ser agora testada com a proposta.
A semana passada foi considerada uma das mais violentas desde a grande operação militar israelense de dois anos atrás.
À época, a operação Chumbo Fundido matou mais de 1,3 mil palestinos. O confronto deixou 13 israelenses mortos.
BBC - Brasil
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/894408-apos-confrontos-hamas-propoe-cessar-fogo-com-israel.shtml

sexta-feira, 25 de março de 2011

Boicotes, Desinvestimentos e Sanções

Como os governos não estão dispostos a tomar medidas sérias para acabar com a ocupação de Israel e com as políticas discriminatórias, os palestinos pediram a pessoas de todo o mundo que preencham esse vácuo, fazendo o que os governos têm se recusado. Uma das maneiras mais eficazes para pressionar Israel a pôr termo à sua ocupação e inverter a sua política é através do movimento de Boicotes, Desinvestimentos e Sanções. Em uma carta de apoio à campanha de desinvestimentos da Universidade de Berkeley, o arcebispo Desmond Tutu escreveu:

Na África do Sul, não poderíamos ter conseguido a nossa liberdade e paz justa sem a ajuda de pessoas ao redor do mundo, que através da utilização de meios não-violentos, como os boicotes e o desinvestimento, incentivaram os governos e outros atores corporativos a reverter longas décadas de apoio ao regime do Apartheid.


Link: http://www.harvardpsc.com/bds-news/

sexta-feira, 18 de março de 2011

Abbas anuncia viagem à Faixa de Gaza para tentar obter unidade palestina

16/03/2011 - UOL Notícias
Saud Abu Ramada/Nuha Musleh.

Ramallah/Gaza, 16 mar (EFE).- O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou nesta quarta-feira que planeja ir à Faixa de Gaza para tentar obter a unidade palestina, na que seria sua primeira visita à região desde que está sob controle do grupo islâmico Hamas.

Abbas fez o anúncio diante do conselho central da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Ramallah, onde assegurou que está disposto a ir a Gaza logo e pediu à população da área que vá recebê-lo.

O presidente da ANP revelou que tem a intenção de realizar a viagem para "acabar com a divisão (palestina), formar um Governo de figuras independentes e convocar eleições gerais".

"Falei com Ismail Haniyeh (chefe do Governo do Hamas em Gaza) para combinar a visita e as atividades públicas durante minha estadia, com a coordenação e o conhecimento de todas as facções (palestinas)", afirmou Abbas.

Sabri Saidam, membro do conselho revolucionário da OLP, declarou à Agência Efe que "há tempo que o presidente Abbas queria ir a Gaza, mas a ocasião agora é mais propícia devido à pressão popular para que se consiga a reconciliação".

Saidam declarou que "o mais provável" é que a visita de Abbas a Gaza ocorra na semana que vem.

Apenas algumas horas depois do anúncio da visita do presidente da ANP à Faixa de Gaza, o Hamas divulgou um comunicado no qual afirmou que "a decisão de Abbas é positiva".

Na nota, o porta-voz do Hamas, Abu Zuhri, ressaltou que o Governo islâmico "fará os preparativos necessários para que a chegada do presidente Abbas a Gaza se produza em breve".

O anúncio de Abbas ocorre um dia depois que milhares de pessoas protestaram em Gaza e na Cisjordânia para exigir a unidade e a reconciliação das forças políticas palestinas.

Os protestos, com grande adesão de jovens, tinham sido convocados através de redes sociais como o Facebook e o Twitter como uma iniciativa popular sem vínculo com qualquer grupo político.

Segundo testemunhas, membros da segurança do Hamas acabaram dissolvendo através da força a manifestação na Faixa de Gaza, onde mais de 10 mil pessoas se reuniram.

De acordo com as fontes, por volta das 19h no horário local (13h de Brasília), cinco horas depois do início do protesto, agentes encoberto começaram a atingir com paus os manifestantes que estavam na praça Al-Katiba, palco da manifestação.

O Hamas e o nacionalista Fatah governam de forma separada em Gaza e na Cisjordânia, respectivamente, desde que o primeiro tomou o poder da faixa em 2007, um ano após ter vencido as últimas eleições legislativas palestinas.

Todos os esforços realizados desde a cisão política palestina para conseguir a reconciliação nacional foram infrutíferos, por isso que a população considera que prejudica seus interesses e dificulta a luta contra a ocupação israelense.

Em fevereiro, Abbas anunciou que convocaria eleições presidenciais e legislativas neste ano, mas o Hamas respondeu que não permitirá a realização de um pleito em Gaza até que haja um pacto de reconciliação e se forme um Governo de unidade.

O anúncio da visita de Abbas a Gaza se produz no mesmo dia em que houve uma escalada da violência na região, onde duas pessoas morreram nesta quarta-feira em um ataque da Força Aérea israelense contra um posto de segurança do Hamas.

O chefe do serviço de emergências do Ministério da Saúde do Governo do Hamas em Gaza, Azham Abu Salmiya, afirmou que as duas pessoas morreram ao serem atingidas por foguetes disparados por caças-bombardeiros F-16 da Força Aérea israelense.

O ataque do Exército de Israel ocorreu depois que milicianos palestinos lançaram pelo menos três foguetes contra o Estado judeu, que não causaram danos, segundo um comunicado militar israelense.
 

Revoluções nos Países Árabes

CONVITE
O Centro de Estudos Árabes e o
Departamento de Letras Orientais da USP
convidam para o debate

AS REVOLUÇÕES NOS PAÍSES ÁRABES NO SÉCULO 21
30 de Março de 2011, quarta-feira
18:00 - 22:00

Debatedores:
Profª Dra. Deisy Ventura (IRI- USP)
Profº Dr. Mamede Mustafa Jarouche (DLO/FFLCH- USP)
Profº Dr. Osvaldo Coggiola (DH/FFLCH- USP)
Profª Isabele Somma (Doutoranda em História Social FFLCH-USP)
Profº Luiz Gustavo Porfírio (Pós-graduando FFLCH- USP)

Israel não respeita direitos do povo Palestino

Em artigo nesta Folha ("Direitos humanos em mãos erradas", "Tendências/Debates", 10/10), o embaixador israelense queixou-se do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, em que relatórios têm sido aprovados, denunciando graves violações de direitos humanos por parte do governo israelense nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
De fato, apenas nos primeiros seis meses de 2010, foram registradas na Cisjordânia a demolição de 223 edifícios e a expulsão de 338 palestinos de suas casas.
Quinhentas e cinco barreiras violam o direito de ir e vir, impedindo o acesso da população a escolas, a locais de trabalho e a hospitais, para procedimentos vitais como diálise, cirurgias do coração e cuidado neonatal intensivo.
Seguindo a lógica de anexar o máximo de terras com o mínimo de palestinos, o trajeto tortuoso do muro enclausurou Belém e Qalqilia, expulsou 50 mil palestinos de Jerusalém Oriental e anexou 10% das terras mais férteis da Cisjordânia. As colônias israelenses, também ilegais, expandem-se a todo vapor sobre territórios palestinos.
A justificativa de Israel para a violação de direitos humanos -zelar pela "segurança" de seus cidadãos- não se sustenta, sendo tais atos a própria origem da revolta palestina.
Os "mísseis" citados pelo artigo do embaixador são armas de fabricação caseira, usadas em desespero por um povo sem Estado, que sofre a mais longa ocupação militar da história moderna, submetido a bombardeios, a incursões militares, a assassinatos dirigidos e a toques de recolher.
O artigo também cita um prisioneiro militar israelense, omitindo o fato de que Israel tem em seus presídios mais de 6.000 civis palestinos (incluindo crianças), a maioria deles sem acusação formal, processo judicial ou direito de defesa.
Alega-se que Israel estaria sendo alvo de injustiças por parte do CDH em consequência do relatório do juiz Richard Goldstone sobre os crimes de guerra cometidos durante o bombardeio que massacrou 1.397 pessoas em Gaza (incluindo 320 crianças e 109 mulheres).
Assim, deturpa-se o caráter heroico da flotilha de ativistas humanitários do mundo todo, incluindo israelenses e uma mulher sobrevivente do Holocausto, que arriscaram suas vidas para quebrar o bloqueio ilegal a Gaza.
O objetivo da flotilha era chamar a atenção do mundo para o problema? Sim. Era e continuará sendo uma provocação? Apenas se considerarmos o termo um desafio aberto, para que a humanidade impeça a continuidade do cerco a Gaza, onde 80% da população sofre de má nutrição crônica, as crianças apresentam estresse e distúrbios psicológicos causados pelos ataques, pelo sofrimento e pelas constantes bombas sonoras lançadas por Israel sobre a pequena faixa costeira.
O mesmo governo israelense que se queixa do CDH emitiu, no dia 10/ 10, um projeto de lei que, se aprovado, exigirá de todo não judeu de Israel um juramento de "lealdade ao caráter judeu do Estado".
Cerca de 20% da população, de origem palestina cristã, muçulmana ou outra, terá de aceitar o caráter judeu do Estado de Israel ou emigrar, aumentando o número de refugiados, que ultrapassa 9 milhões. As consequências disso, para a Palestina e para o mundo, não valem um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU?
Artigo publicado na Folha de S. Paulo, 19 de novembro de 2010, seção Tendências e Debates.
Autoras: Arlene Clemesha Professora de história árabe na USP e diretora do Centro de Estudos Árabes da mesma universidade, é representante da sociedade civil do Brasil no Comitê da ONU pelos Direitos do Povo Palestino.
Bernadette Siqueira Abrão Jornalista, formada em filosofia pela USP, é pesquisadora da questão palestina, ativista de direitos humanos e autora, entre outros livros, de "História da Filosofia" editora Moderna.