domingo, 16 de outubro de 2011

Israel leva 430 presos palestinos para perto do local de troca

Sob forte esquema de segurança, Israel levou cerca de 430 prisioneiros palestinos até um presídio no deserto de Negev neste domingo (16), em uma preparação para que sejam trocados na terça-feira (18) pelo soldado israelense preso Gilad Shalit, disseram autoridades.
A troca de prisioneiros, que acontecerá perto da região do deserto egípcio do Sinai, deve pôr fim a uma saga que se tornou uma obsessão para os israelenses durante os cinco anos de cativeiro de Shalit.
Israel publicou uma lista de todos os 477 prisioneiros que deverão ser libertados junto com Shalit, na primeira fase de um acordo mediado por Egito e Alemanha, abrindo caminho para que aqueles que se opõem à sua libertação apresentem uma apelação legal em 48 horas.

Ariel Schalit/Associated Press
Prisioneiro palestino acena ao ser transferido para local onde será feita troca por israelense
Prisioneiro palestino acena ao ser transferido para local onde será feita troca por israelense

"A menos que a Suprema Corte intervenha, ou que alguém em Gaza enlouqueça, parece que o acordo será cumprido daqui a dois dias", disse à rádio do Exército, Yaakov Amidror, conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
Entre os que figuram na lista de soltura estão palestinos presos por ataques nos quais morreram dezenas de israelenses. Pelo menos cinco prisioneiros estão presos desde a adolescência.
Outros quarenta e sete palestinos previstos para serem libertados na terça-feira foram transferidos para uma prisão no centro de Israel.
Alguns dos 477 irão para casa, na Cisjordânia e na faixa de Gaza, enquanto outros serão exilados em outros países, que ainda não foram divulgados, sem parar em solo palestino.
Os líderes islâmicos do Hamas, que governam a faixa de Gaza, prepararam uma recepção de heróis para 295 dos prisioneiros que deverão ser enviados para o território. Trabalhadores montaram um palco aberto e as ruas foram decoradas com bandeiras palestinas e do Hamas.
"Estou tão feliz que não sei o que farei, como vou segurá-lo? Já se passaram 20 anos", disse a mãe de Baseem al-Kurd, um membro do Hamas, que foi condenado em 1992 a oito penas de prisão perpétua por ataques que mataram israelenses.
Trabalhadores prepararam um apartamento para Kurd em Gaza, pintando as paredes e consertando as portas.
O soldado israelense Shalit, tripulante de um tanque, capturado em 2006 por militantes que cavaram um túnel até Israel a partir de Gaza e o renderam, levando-o para o enclave, deve ser entregue no deserto do Sinai, no Egito, e levado para Israel.
Israel disse que cerca de 300 dos 1.027 que serão libertados nas duas fases do acordo estiveram envolvidos em crimes violentos. A segunda fase prevê a libertação de 550 prisioneiros.
Ao todo, existem cerca de 6.000 palestinos em prisões israelenses.

16/10/2011 - 17h53 / DA REUTERS, EM JERUSALÉM

Link:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/991576-israel-leva-430-presos-palestinos-para-perto-do-local-de-troca.shtml

domingo, 18 de setembro de 2011

SEMANA "PALESTINA E O MUNDO"

A Frente Palestina USP realizará uma série de eventos na semana em que a Assembléia das Nações Unidas estará debatendo e votando sobre o Estado palestino. Haverá duas mesas de debate sobre a votação, questões relativas à criação de um ou dois estados na região, e as implicações da Primavera Árabe no tema.
Além disso,  realizaremos, juntamente a organizações sindicais, movimentos palestinos e de direitos humanos, MST, ativistas e intelectuais, um ato de lançamento da campanha BDS (Boicotes, desivestimentos e sanções ao Estado de Israel). A campanha, cujas inspirações advêm da mobilização da comunidade internacional na luta contra apartheid sul-africano, visa combater e dar visibilidade às violações aos Direitos Humanos e ao Direito Internacional perpetradas pelo Estado israelense, o qual vem constituindo um regime de segregação, injustiça e violência.

Semana "Palestina e o Mundo"


20 de setembro, terça-feira, às 18h30
Sala dos Estudantes - Faculdade de Direito, USP (Largo São Francisco)
Ato de Lançamento da Campanha BDS a Israel no Brasil

22 de setembro, quinta-feira, às 18h00
Auditório da História - FFLCH, USP (Cidade Universitária)
Debate: A votação do Estado palestino na ONU - parte II
Com:
- Arlene Clemesha (Letras Orientais- USP)
- Leonel Itaussu (Ciências Políticas - USP)
- Salem Nasser (Direito - FGV)
- Valério Arcary (IFE- SP)

sábado, 20 de agosto de 2011

Visita de Abdallah Abu Rahmah

No dia 12 de novembro de 2011 teremos a honra de receber a visita de um dos líderes da Resistência Palestina e defensor de diretos humanos, sr. Abdallah Abu Rahmah para várias palestras no Brasil, entre elas, duas em Mogi das Cruzes. Uma na Mesquita de Mogi das Cruzes, às 14 horas, outra na sub-sede da APEOESP de Mogi das Cruzes, às 18 horas.

Mensagem de Abdallah Abu Rahmah para os brasileiros

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Visite também os sites:

Stop the Wall
BDS
Boicote Israel

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Frente Palestina USP

Brasileira convoca protesto contra Israel

Iara Lee integra Flotilha da Liberdade, que tenta romper cerco naval à faixa de Gaza; em 2010, diretora foi deportada em ação
Está prevista para daqui a 15 dias a partida de mais de dez barcos; meta é reunir ativistas de mais de cem países
MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM
Um ano após tentar romper o cerco naval à faixa de Gaza e ser deportada de Israel com centenas de outros ativistas, a cineasta brasileira Iara Lee vai repetir a dose.
Mais de dez barcos devem participar da Flotilha da Liberdade, que partirá daqui a duas semanas em direção a Gaza. Lee tenta atrair outros brasileiros para participar.
"É um movimento de solidariedade global, e a meta é que cem países estejam representados", disse ela à Folha, por telefone. "Há 20 vagas reservadas para a América Latina, e eu gostaria que tivéssemos mais brasileiros".
O novo comboio marca o aniversário dos incidentes de 31 de maio de 2010, quando soldados israelenses mataram nove ativistas ao interceptar uma flotilha com ajuda humanitária que tentava furar o bloqueio a Gaza.
A sangrenta operação militar, que gerou uma onda de condenação a Israel e chamou a atenção mundial para o cerco a Gaza, até hoje é motivo de controvérsia.
Israel afirma que seus soldados reagiram ao serem atacados, o que é negado pelos ativistas. Há dois dias, um jornal israelense publicou fotos de homens portando armas de fogo no Mavi Marmara, o navio onde ocorreram os confrontos. Iara, que estava no navio, nega.
"É mentira. O que eles acharam, facas de cozinha? Como alguém pode acreditar que estávamos armados?"
Assim como no ano passado, a nova operação será capitaneada pelo IHH, organização humanitária turca com fortes vínculos com o grupo islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza.
Para evitar problemas, diz Iara, os participantes assinarão um pacto de não violência. O alerta de Israel de que não permitirá a passagem da frota e os apelos da ONU e da Turquia para que os organizadores repensem a ação não intimidaram os ativistas.
Israel vê a nova flotilha como pura provocação, já que a ajuda humanitária poderia ser entregue por sua fronteira ou pela passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, reaberta recentemente.
Iara Lee admite que o principal objetivo não é levar suprimentos, mas chamar a atenção para o bloqueio.

Fonte: Folha de São Paulo 09/06/2011